Produtos contra fungos comuns em plantações de café podem prejudicar o fígado de agricultores; entenda

  • 20/10/2024
(Foto: Reprodução)
Estudo da Universidade Federal de Alfenas (MG) mostra que risco de produtos contra fungos na cafeicultura é duas vezes maior que o aceitável e pode afetar o fígado. O uso de agrotóxico afeta diretamente a saúde humana Agência Brasil Uma pesquisa da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) confirmou o prejuízo de alguns agrotóxicos à saúde de agricultores no Sul de Minas. Pesquisadores descobriram que certos produtos contra fungos podem causar alterações genéticas e hormonais. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp O estudo focou nos fungicidas triazóis, utilizados amplamente como agrotóxicos em diversas culturas agrícolas, como as plantações de café. “Sua função principal é inibir o crescimento de fungos na agricultura. No entanto, devido à sua falta de seletividade, esses compostos podem também afetar a saúde humana”, explicou ao g1 a pesquisadora Isarita Martins Sakakibara. Pesquisadora da UNIFAL-MG, Isarita Martins Sakakibara, orienta estudos sobre fungicidas no Sul de Minas acervo pessoal A análise coletou amostras de sangue e urina de camponeses sul-mineiros com mais de 18 anos entre dezembro de 2021 e março de 2022. O resultado apontou que o uso de fungicidas triazóis causa um desequilíbrio no processo de oxidação e reduz os níveis de hormônios como androstenediona e testosterona. O risco é duas vezes maior que o aceitável para a população estudada e pode afetar o fígado, conforme explicou a coordenadora da pesquisa, a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Isarita Martins Sakakibara. “Considerando o maior valor detectado de epoxiconazol urinário, foi caracterizado um risco duas vezes maior que o aceitável para a população estudada, o que é significativo para a saúde humana, particularmente pela alta frequência e intensidade da exposição”. “Essas descobertas enfatizam a importância do monitoramento da saúde dos trabalhadores rurais e a necessidade de políticas públicas eficazes para prevenir efeitos tóxicos”, disse a toxicologista ao g1. Sede da Unifal em Alfenas Divulgação Unifal Grupos de voluntários Ao todo, 190 pessoas participaram da pesquisa. Elas foram divididas em dois grupos: 140 trabalhadores rurais, que foram expostos aos agrotóxicos não só durante o trabalho, como em outros ambientes que costumam frequentar; 50 moradores de áreas urbanas que não são expostos ao produto durante o trabalho. As coletas foram analisadas no Laboratório de Análises de Toxicantes e Fármacos da Unifal. Além do método de biomonitoramento tradicional foram utilizadas ferramentas de toxicologia computacional. Essa tecnologia foi introduzida na pesquisa pelo pós-graduando Luiz Paulo de Aguiar Marciano, que descobriu o método em seu doutorado-sanduíche nos Estados Unidos. Estudo analisou fungicidas triazóis, comuns em produções agrícolas como plantações de café acervo pessoal Com a ferramenta, pesquisadores avaliaram o comportamento dos fungicidas ciproconazol, epoxiconazol e triadimenol, além de outros ingredientes presentes nas fórmulas dos produtos. “A partir da pesquisa é possível observar que há necessidade de discutir e estabelecer limites de exposição que protejam a saúde dessa população, uma vez que esses resultados fornecem subsídios para reavaliação das monografias de agrotóxicos no Brasil, pelos gestores públicos, visando o gerenciamento desse risco e, portanto, a prevenção de efeitos tóxicos nos trabalhadores”. O estudo contou ainda com a colaboração da professora da Unifenas, Alessandra Cristina Pupin Silvério. Financiamento público Para Isarita Martins Sakakibara, os financiamentos concedidos pelas agências nacionais FAPEMIG e CAPES, e pela internacional National Institute of Health foram essenciais para a realização do estudo. “O setor agrícola é fundamental para a economia brasileira, mas o uso intenso de agrotóxicos traz desafios que exigem políticas públicas mais eficazes. O apoio dessas agências permite não só a formação de recursos humanos qualificados, mas também a produção de conhecimento necessário para enfrentar esses desafios, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos trabalhadores”, defende a professora. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2024/10/20/produtos-contra-fungos-comuns-em-plantacoes-de-cafe-podem-prejudicar-a-saude-de-agricultores-entenda.ghtml


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